segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ARTE PALEOCRISTÃ


AULA – 22/02

INTRODUÇÃO

As mais antigas manifestações da arte cristã datam do século II de nossa era e coexistem com as últimas da arte romana imperial. O marco principal onde se desenvolve essa nova arte, fundamento da futura arte românica e bizantina, é Roma e, mais tarde, Ravena, que substituiu a primeira como capital do Império Romano do Ocidente. A capital oriental, Constantinopla, transforma-se não somente em centro político, mas também comercial, artístico e espiritual, e sua influência nitidamente pelo Ocidente.

AS CATACUMBAS

Os primeiros cristãos construíram uma série de corredores subterrâneos para o uso fúnebre e litúrgico: as catacumbas. Essas galerias (ambulacrum) tinha nichos (loculus) nas paredes para o enterro dos cadáveres e ocasionalmente esses nichos eram contidos num arco semicircular (arcosolium). A partir do século IV, na interseção ou no final das galerias, foram abertas câmaras (cubiculum) para a celebração de alguns ritos litúrgicos.







PERIODIZAÇÃO

A arte paleocristã evolui em duas fases: A primeira, do século II até 313, ano em que se celebra o edito de Milão, é marcada pela perseguição e pela ocultação. Dessa etapa, poucos restos artísticos são conservados, circunscritos ao espaço das catacumbas. A segunda fase, a partir do edito de Milão, que confere legalidade ao cristianismo, corresponde ao momento de maior desenvolvimento: os cristãos, respaldados pelo poder, já podem mostrar-se publicamente e desenvolver sua arte à luz do dia.

OS TEMPLOS


Depois do édito de Milão, os cristãos puderam construir seus templos à vista da sociedade. Para isso, tomaram dois modelos já existentes e os adaptaram a suas necessidades de culto: a basílica e a planta central dos santuários e mausoléus pagãos.

A BASÍLICA

É a construção mais característica da arquitetura cristã. Sua planta é composta de três ou cinco naves longitudinais separadas por colunas; a cabeceira ou peça principal do templo é terminada por uma abside com abóboda de quarto de esfera. A nave central era mais alta que as laterais, a fim de permitir a entrada de luz pelos vãos abertos nas paredes. O teto era plano e de madeira. O acesso ao recinto era feito por um átrio que conduzia até o nártex – sala transversal como um vestíbulo onde se reuniam os catecúmenos que não podiam entrar na igreja. Nas grandes basílicas, como a de São Pedro em Roma, uma nave transversal ou transepto, cujos braços sobressaíam do corpo do edifício, separava as naves longitudinais da cabeceira.



O BATISTÉRIO E O MAUSOLÉU

Os cristãos tomaram a planta central da arquitetura romana como modelo para construir os batistérios e os mausoléus. Os batistérios, ou edifícios destinados ao rito de batismo, podiam ter planta circular ou poligonal, e no centro era erigida uma grande pia para realizar os batismos por imersão. Esses edifícios eram anexos à basílica. Um dos mais bem conservados dessa primeira época é o de São João de Latrão (Roma). Os mausoléus, também de planta central, eram erigidos para guardar os restos mortais de personagens célebres, como o de Santa Constância em Roma, de planta circular e coberto com abóbodas e cúpula, ou o de Gala Placídia em Ravena, de planta de cruz grega.




A PINTURA E O MOSAICO

As principais amostras de pintura paleocristã encontram-se nas catacumbas. São representações planas e lineares sobre fundos brancos e amarelos. Pouco a pouco, as figuras, tanto de pinturas como de mosaicos, adquirem volume, expressividade e movimento, e as cenas tornam-se mais complexas. Nas igrejas, a pintura é paulatinamente substituída pelo mosaico, que atinge o ponto culminante nas abóbodas do mausoléu de Gala Placídia em Ravena.

A ESCULTURA


A melhor amostra de escultura paleocristã encontra-se nos sarcófagos. Neles, os relevos podiam ser distribuídos seguindo diferentes pautas: cenas contínuas, personagens ou cenas delimitadas por colunas e medalhões centrais que dividem a composição simetricamente.





Um comentário:

  1. Olá, sou professora de arte. Colégio Batista de SP. Estou acompanhando o Blog, abç

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